Quem sou eu

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Tesouro 1: Minha Mãe!

Que responsabilidade esse post: falar da pessoa mais importante da minha vida, Minha Mãe Jaína.

Que delícia falar dela... que saudade dela... que falta ela me faz...

Minha Mãe sempre foi Meu Grande Amor! Obviamente devo ter sido uma criança mal criada em algum momento de minha infância, obviamente fui uma "aborrecente" e consequentemente uma "rebelde sem causa" (como dizem por aí), mas nada exacerbado... ...e claro que essas coisas nos levaram a ter conflitos, situações comumentes vistas entre mães e filhas (os). O fato é que tínhamos uma sintonia e uma ligação muito forte.

Minha Mãe desde pequena já disse para que veio. Teve uma infância bem difícil e desde muito nova passou por provações em sua vida: presenciar assassinato da irmã  de 5 anos cometido pela madastra, a morte precoce do pai tão amado, o digamos que temporário "abandono" da mãe, a repressão de alguns familiares, ter que ser mãe de seus próprios irmãos tão nova, lutar para poder casar com o grande amor da sua vida [o primo de sangue: meu pai], ser traída no início de relação por esse homem que tanto amou até o último dia da vida, sofrer um aborto espontâneo aos cinco meses de gestação do segundo "filho" Leonardo... e no final das contas falecer de um raro câncer de mama detectado 3 meses após a realização de todos os exames de rotina que nada apontavam e, por fim, já ser descoberto com uma metástase no fígado e na medula [detalhe que descobrimos o câncer 15 dias após minha formatura... exatamente em 15/10/2004].

Trágico??? Pode até ser... mas é o breve relato de algumas provações de uma guerreira que muitas coisas lindas fez durante sua passagem nesse mundo terreno. Um ser humano iluminado e que lutou bravamente pela vida. Tanto amor me deu que dói até falar... Sempre digo que se eu conseguir ser para minha filha 1/3 do que o que minha mãe foi para mim estarei satisfeita. 

Terna, doce, amorosa, caridosa, carinhosa, honesta, fiel., justa.. Sabe mãe de conto de fadas?! Existe?! Desses relatos perfeitos...?! Era ela... Minha fiel escudeira e amiga de todas as horas... Quem não conheceu... queria que tivesse conhecido... Gente da gente... gente que vale à pena!

Lembro-me quando minha mãe escolheu o nome da netinha... [sim! Calma... Jana de fato nasceu depois do falecimento de minha mãe]. Certo dia, já no período de luta contra o câncer, ela estava lendo um dos seus livros da sua biblioteca espírita, [desde sempre somos espirítas, embora eu tenha sido batizada, feito 1ª comunhão e encontro de jovens, o fato é que sempre fizemos questão de preservar os "rituais" católicos] e ela me chamou e disse:
 
"Tika, esse livro fala da estória do espiríto de uma jovem..."  

...e detalhou a luta da personagem para então dizer:
"...sabe como ela se chama???"

"Não, Mãe! Como?" respondi.

"Jana!!!" respondeu sorridente.

O detalhe é que alguns anos antes eu tinha apelidado minha mãe de Jana e muitas das amigas aderiram à chamá-la assim. [ela adorava!]

Continuou: "Já pensou se minha neta se chamasse Jana??? Que lindo seria!"

Sem titubear afirmei: "Ela se chamará Jana!"

Nem preciso relatar o seu olhar de satisfação e o seu sorriso orgulhoso. Lembro-me como ontem desse dia.

Quem me conhece sabe que tenho uma linda filha de, hoje,1 ano e 2 meses e que se chama: JANA!

De longe nunca conseguirei em palavras descrever tudo que minha mãe foi... ...tudo o que ela representou, representa e representará para minha sempre! Sei que daria tudo para tê-la fisicamente comigo, embora saiba que seu espiríto iluminado para sempre me acompanhará. A questão é que a materialidade ainda me impossibilita de livrar-me desses desejos da matéria viva presente. Precisava sim, sentir seu cheiro, seu abraço acolhedor e ouvir sua palavra sempre  doce, sábia e tão certa.

Essa primeira foto é de minha mãe nova, com uns 23 anos. 1 ano depois estaria grávida de mim. Linda, linda, linda...


Essa segunda foto sou eu e ela já na época da doença. Minha Mãe estava na sua primeira fase de quimioterapia e já estava usando peruca. Foto tirada no Reveillon de 2004/2005. Sempre tão alegre...



Essa terceira foto foi tirada no dia da minha formatura [agosto/2004]. Abatida, minha mãe tinha ficado internada o dia todo. O câncer já a castigava... ...mas ela estava deslumbrante!



Mais uma após a descoberta [05/10/2004].


Na preparação para a perda de cabelo ela começou a cortar diminuindo o tamanho do mesmo aos poucos... até raspar totalmente e aderir de vez à peruca.



Eu e Mãe [quase 15 dias após a descoberta, em 27/10/2004].


 Maravilhosa!!! [após a descoberta, em 19/10/2004].
 


Minha Linda Mãe!!! [4 meses antes do desencarno].



 Sem comentários! [2 anos antes da descoberta].


"Mãe, Quantas vezes já falastes aos meus ouvidos do caminho a ser tomado, das águas a serem percorridas, dos ventos a serem observados, das chuvas a serem sentidas... Quantas vezes depositastes tua certeza em meu coração, na plena confiança de que eu seguiria a tua meta, o teu sopro, a tua luz... Nas noites mal dormidas tuas mãos sempre estiveram sobre a minha cabeça, abençoando e deixando claro que nada havia para temer, que o melhor remédio pra a falta de sono era entregar-se ao silêncio e lá resgatar e comungar a paz, o equilíbrio, o amor. Tantas vezes comigo, tanta paciência, tanta dedicação, tantos recomeços... Hoje eu estou aqui apenas para agradecer-te e ainda pedir para que assim venhas a ser até que eu esteja pronto para prosseguir com meu próprio coração, já inteiramente banhado pela tua luz. Que assim seja"

“Sei que é apenas temporária a nossa separação e que, por mais longa que me possa parecer, a sua duração nada é em face da ditosa eternidade que Deus promete aos seus escolhidos. Oh! quão doce e consoladora é a certeza de que não há entre nós mais do que um véu material que te oculta às minhas vistas! De que podes estar aqui, ao meu lado, a me ver e ouvir como outrora, senão ainda melhor do que outrora; de que não me esqueces, do mesmo modo que eu te não esqueço; de que os nossos pensamentos constantemente se entreluzam e que o teu sempre me acompanha e ampara.” (O Evangelho Segundo O Espiritismo – Allan Kardec)

 "..E ATÉ QUE NOS ENCONTREMOS DE NOVO, QUE DEUS LHE GUARDE NA PALMA DE SUA MÃO!!!"

Te amo!!!

domingo, 7 de novembro de 2010

A dor insana...

Vamos para mais um post inspirador.
Assunto de hoje: enxaqueca! 
Depois da crise que estou desde ontem nada mais justo que falar "dela" [oh! Justiça!]. Estou há mais de 24hrs com essa dor... começou fraca e ganhou uma força louca. Enfim, vou poupá-los do detalhamento trágico dessa minha crise e vamos logo para os finalmentes. 
Porque ainda não descobriram a cura para a enxaqueca??? 
Não sei, só sei que pedi muito para fechar os olhos e num piscar poder ver a minha frente meu médico acupunturista. Para mim a acupuntura ainda é mais eficaz que um comprimido de 1g de Novalgina, ou um Profenid, ou até mesmo um Tilex.
Vou postar um artigo que li e descreve, a meu ver, o que de fato sinto, seja sintomas, localização da dor, etc. 


O que é enxaqueca?

A enxaqueca é um desequilíbrio químico no cérebro, envolvendo hormônios e substâncias denominadas peptídeos. Esse desequilíbrio resulta de uma série de outros desequilíbrios neuroquímicos e hormonais, decorrentes do estilo de vida e hábitos do portador da doença enxaqueca, e também de uma predisposição genética. O resultado é uma série de sintomas, que podem ir muito além da dor de cabeça. Por sinal, existem casos de crises de enxaqueca sem, ou com muito pouca dor de cabeça. Geralmente porém, a dor de cabeça é o sintoma mais dramático da enxaqueca e sua intensidade, apesar de variável, na maioria dos casos é moderada a severa.

A dor de cabeça da enxaqueca pode ser latejante (pulsátil), em peso, ou uma sensação de "pressão para fora", como se a cabeça fosse explodir.

A localização da dor de cabeça da enxaqueca pode variar de crise para crise; raramente dói sempre no mesmo lugar. A dor da enxaqueca pode ocorrer em qualquer lugar da cabeça, inclusive na região dos dentes, dos seios da face e da nuca, dando origem à confusão com problemas dentários, de sinusite e de coluna.

Os demais sintomas da enxaqueca compreendem náuseas (enjôo), vômitos, aversão à claridade, ao barulho, aos cheiros, hipersensibilidade do couro cabeludo, visão embaçada, irritabilidade, flutuações do humor, ansiedade, depressão (mesmo fora das crises) e lacrimejamento. Um indivíduo não precisa apresentar todos estes sintomas para ter enxaqueca. Normalmente apresenta alguns deles, em graus variados. 

A duração de uma crise de enxaqueca é, tipicamente, de 3 horas a 3 dias, seguida de um período variável sem nenhuma dor de cabeça. 

A crise de enxaqueca pode ser precedida por uma alteração do humor (euforia em alguns casos, depressão e irritabilidade em outros) e do apetite (vontade de comer doces, ou então perda de apetite), visão embaçada, visão dupla, escurecimento da visão (cegueira parcial) de um ou ambos os olhos, e sensação de estar vendo pontos brilhantes, como se fossem vaga-lumes.
Entre outros sintomas da enxaqueca, estão incluidos diminuição da força muscular de um lado do corpo, formigamentos, tonturas, diarreia, podendo também ocorrer as manifestações visuais já descritas. 

A frequência da dor de cabeça da enxaqueca é muito variável, podendo ser desde uma vez na vida, até todos os dias, e até várias vezes ao dia, no caso da cefaléia-em-salvas.

A dor de cabeça da enxaqueca pode ser muito forte, a ponto de impedir o indivíduo de exercer qualque atividade, obrigando-o a ficar deitado, num quarto escuro, em silêncio, durante horas ou dias. O paciente torna-se muito irritável, preferindo ser deixado sozinho. 

Boa parte das crises de enxaqueca terminam com o sono, ou então quando a pessoa vomita (principalmente as crianças). Ao fim de uma crise de enxaqueca, o paciente sente-se como que de ressaca, podendo apresentar, por mais de um dia, tolerância limitada para atividade física e mental.

Fonte:  Enxaqueca.com.br
Em: 07.11.2010

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Rendida à modernidade!!!

Pois é, ...quando me pego aderindo as "modernidades" dou até risada.

Hoje visitei o blog de uma amiga (Sarinha) e me motivei... achei inspiração e acabei de criar o meu.

O fato é que as coisas são exatamente do jeito que ela escreveu no post inicial de seu blog: antigamente viviamos juntando embalagem de bala, chocolate, flor e até palito de picolé, o importante era juntar algo para no fim do dia colar na página do diário algo que "lembrasse" os acontecimentos daquele determinado dia. E nisso juntei vários diários... Dia desses joguei tudo fora, ...ah que nada! Daqui um dia morro e vou deixar aí para os outros lerem?! Vixe! Nem planos de autobiografia tenho... hahaha... Acho que a minha levaria umas três ou quatro edições... tipo esses filmes: "A Saga de Crepúsculo", "Harry Potter" e "O Senhor dos Anéis"... rsrsrs... Hoje em dia tem Orkut, desse já faço parte há uns 6 anos, Facebook, me cadastrei depois de receber milhões de convites e nem sei se lembro mais a senha, Twitter, ah! nesse me cadastrei essa semana mas ainda não vi graça nele, e por aí vai... e agora os tais blog! Pensando bem há uns 6 anos atrás já tive um flog. Sim, era essa a denominação... hahaha... Hoje, resolvi me render ao blog!

Bem, como estou em fase de adaptação [rsrs] vou ser um pouco repetitiva e vou publicar um textinho que recebi hoje. Como nos últimos tempos respiro a vida de "ser Mãe", nada mais apropriado que esse textinho.

SER MÃE

Nós estamos sentadas almoçando quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em 'começar uma família'.

'Nós estamos fazendo uma pesquisa', ela diz, meio de brincadeira. 'Você acha que eu deveria ter um bebê?' 

'Vai mudar a sua vida,' eu digo, cuidadosamente mantendo meu tom neutro. 

'Eu sei,' ela diz, 'nada de dormir até tarde nos finais de semana, nada de férias espontâneas.. .'

Mas não foi nada disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha, tentando decidir o que dizer a ela. Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que tornar-se mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável.

Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar  'E se tivesse sido o MEU filho?' Que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar. Que quando ela vir fotos de crianças morrendo de fome, ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho morrer.

Olho para suas unhas com a manicure impecável, seu terno estiloso e penso que não importa o quão sofisticada ela seja, tornar-se mãe irá reduzí-la ao nível primitivo da da ursa que protege seu filhote. Que um grito urgente de 'Mãe!' fará com que ela derrube um suflê na sua melhor louça sem hesitar nem por um instante.

Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos ela investiu em sua carreira, ela será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade. Ela pode conseguir uma escolinha, mas um belo dia ela entrará numa importante reunião de negócios e pensará no cheiro do seu bebê. Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem. 

Eu quero que a minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina. Que a decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino ao invés do feminino no McDonald's se tornará um enorme dilema. Que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e crianças gritando, questões de independência e gênero serão pensadas contra a possibilidade de que um molestador de crianças possa estar observando no banheiro.

Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, ela se questionará constantemente como mãe.

Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que ela jamais se sentirá a mesma sobre si mesma. Que a vida dela, hoje tão importante, será de menor valor quando ela tiver um filho. Que ela a daria num segundo para salvar sua cria, mas que ela também começará a desejar por mais anos de vida -- não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles. 

Eu quero que ela saiba que a cicatriz de uma cesárea ou estrias se tornarão medalhas de honra. 

O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa. Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado ao passar pomadinhas num bebê ou que nunca hesita em
brincar com seu filho. Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas.

Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que através da história tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os motoristas bêbados. 

Eu espero que ela possa entender porque eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das coisas, mas que eu me torno temporariamente insana quando eu discuto a ameaça da guerra nuclear para o futuro de meus filhos.

Eu quero descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta. Eu quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez. Eu quero que ela prove a alegria que é tão real que chega a doer. O olhar de estranheza da minha filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos. 

'Você jamais se arrependerá', digo finalmente. 

 Então estico minha mão sobre a mesa, aperto a mão da minha filha e faço uma prece silenciosa por ela, e por mim, e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram em seu caminho este que é o mais maravilhoso dos chamados:

Este presente abençoado de Deus...   que é ser Mãe.'